
Formação "Ferramentas, Plataformas e Interfaces online"
A tecnologia ao serviço da Educação
Sandra Santos
FÓRUM FERRAMENTAS WEB 2.0

29-06-2016
A Web 2.0 é provavelmente o maior centro de recursos educativos que hoje temos ao nosso dispor. A evolução da primeira para a segunda geração de internet liberalizou a troca de informação e de conhecimento.
Neste fórum fez-se referência a várias Ferramentas e Plataformas que os professores têm ao dispor para a sua atividade pedagógica, como por exemplo Moodle, Weduc, ClassDojo, Facebook, Youtube, Blogue, bem como alguns dos seus aspetos positivos e negativos. Não existe a Ferramenta ou a Plataforma perfeita, assim como não existem soluções mágicas para o sucesso do sistema de ensino. Por isso, caros companheiros, professores, há que aprender as suas funcionalidades e selecionar os recursos que melhor se adaptam à realidade de ensino-aprendizagem em que estamos inseridos.
Também poderá ser útil e interessante utilizar os smartphones/tablets na sala de aula, com ferramentas como o “Kahoot” para fazer atividades de verificação de leitura ou para fazer revisões de conteúdos/unidades didáticas, ou como o “Nearpod”, que permite aos alunos responderem ao seu ritmo. Para os interessados, aqui se sugerem alguns vídeos:
https://vimeo.com/engagelab/videos
A web 2.0 acompanhou a mudança de paradigma na conceção de conhecimento e de ensino, pois hoje entende-se que o professor orienta o aluno para que este adquira capacidade de procurar e construir o conhecimento autonomamente. Neste contexto, há também um novo desafio para o bibliotecário, que passa a ter a função de colaborar com os professores, facilitando o processo de aprendizagem com base nos recursos da web 2.0, não esquecendo o trabalho a empreender na seleção de informação pertinente e o tratamento dessa mesma informação.
A Educação Especial não pode alhear-se deste ambiente virtual colaborativo de ensino, característico do século XXI, por isso há que replicar o exemplo do projeto Tax Bem. Este procurou promover a inclusão de alunos com Perturbação do Espectro Autista (P.E.A.) em turmas regulares do terceiro ciclo de escolaridade, através da criação de um mundo virtual colaborativo, visando fomentar formas de colaboração e de socialização, em que alunos com P.E.A. pudessem interagir numa ilha virtual designada Amiko, com os restantes colegas da turma.
A utilização da tecnologia, no contexto da educação aberta e colaborativa poderá reunir um conjunto de vantagens no processo de ensino-aprendizagem dos alunos com necessidades educativas especiais, pois facilita o processo de socialização, aumenta a autoconfiança, a autoestima e integração no grupo, fortalece o sentimento de solidariedade e respeito mútuo. Neste ambiente, todos são simultaneamente alunos e professores, o que reduz o receio da crítica e do fracasso.
A nossa era digital difunde as noções de Coaprendizagem, que enfatiza o Conhecimento como uma construção social aberta, originando coautores críticos e de Coinvestigação, que é o “processo contínuo de levantar questões importantes coletivamente, integrando informações relevantes e gerar linhas aceitáveis de raciocínio fundamentada em premissas científicas e áreas de conhecimento” (Okada, 2014).
Assim, todos nós, companheiros, professores, temos uma missão: devemos criar hábitos de investigação sobre a nossa própria prática pedagógica, de modo a que ela possa evoluir, de forma equilibrada, de acordo com a nossa personalidade e as solicitações do meio educativo.
Aprender é uma viagem. E ela continua... sempre.
Referências Bibliográficas:
Cruz, C.; Pereira, L.; Araújo, I. & Martins, L. (2011). Projeto Tax Bem: Um ambiente virtual colaborativo para alunos com perturbação do espetro autista. CIDTFF - Indagatio Didactica - Universidade de Aveiro.
Okada, A. (2014). Competências-Chave para Coaprendizagem na Era Digital, Coleção Estudos Pedagógicos – Dinâmicas Educacionais Contemporâneas, 1ª Edição, Editores J. António Moreira e António Gomes Ferreira, Santo Tirso: Whitebooks.